Depois da capital paraibana, é a vez de Bananeiras, cidade do Brejo paraibano, conferir o livro de poemas Passeante, do professor Ed Porto Bezerra, lotado no Departamento de Informática da UFPB.

A noite de autógrafos será às 20h, deste sábado, 29, no Cenário Hostel & Boteco, que está se consolidando como um espaço de difusão de nossa cultura. O projeto “Cinema no Cenário, por exemplo, exibe filmes de longa e curta-metragem há sete edições mensais. 

O poeta e professor Ed Lemos que nasceu em Campina Grande (PB) e reside em João Pessoa (PB)  foi o primeiro colocado no concurso literário da Associação Paraibana de Imprensa em 2000, categoria poesia. Participou do livro de ensaios de Amador Ribeiro Neto, intitulado Lirismo com Siso: notas sobre poesia brasileira contemporânea (2015).

Publicou os seguintes livros de poesia: Anônimo (2004), Ária Literária (2006), Tra(i)nspiração e outras coisas (2007), Mosaico (2009), Quintessência (2012), Tex-Mix (2013), Múltiplos (2015), Iarandara (2017), Etéreo (2020) e Poema Azul (2022). O autor possui algumas parcerias musicais.

“Vejo-me diante do décimo primeiro livro de poemas do campinense Ed Porto, intitulado Passeante. Substantivo que o Aurélio registra como aquele que passeia ou aquele que se dedica à vadiagem. Acrescentaria: ao ócio, à contemplação, ao caminhar, à meditação, entre outros atos ou ações que mobilizam o desejo humano”, observa Hidelberto Barbosa Filho, poeta, crítico literário e professor doutor titular aposentado da UFPB, com mestrado e doutorado em literatura brasileira.

Ainda na apresentação de Passeante, Hildeberto Barbosa Filho afirma “É exatamente este “passeio” que Ed Porto se permite, na esfera de sua liberdade criadora, com esta nova coletânea. Nova, porém, inteiramente ajustada aos critérios estéticos que o identificam como autor, vistas as matrizes formais e perceptivas que materializam a identidade de sua poética individual, reconhecidas por alguns nomes de sua fortuna crítica.”

E acrescenta: “Um poeta que, a meu ver, soube e sabe caldear bem a oferta de signos e símbolos que a poesia moderna tem legado, em suas variadas vertentes, sobretudo naquela que concerne aos desvios radicais e à ruptura técnica face aos modelos estratificados da tradição literária”, justificando que “Se me debruço sobre as páginas de Anônimo (2003), seu livro de estreia, passando por alguns títulos como Aria literária (2006), Mosaico (2009), Tex-mix (2013), Múltiplos (2016), Poema azul (2022), até este Passeante, observo, sem quase nenhuma modificação, a mesma unidade de tom e perspectiva a consumar a arquitetura do verso”, elogia Hildebrando.

Autor de inúmeras obras no campo da poesia, da crítica, do ensaio, da crônica e do jornal literário e membro da Academia Paraibana de Letras (APL), Hildeberto Barbosa Filho, ajuntando que “se existe algo que se acentua na poesia de Ed Porto, com a publicação de mais este volume, parece ser certa postura cética, mas de um ceticismo sereno, maduro, quase complacente para com certas frivolidades e mesquinharias da existência.” Barbosa Filho conclui: “Neste sentido, sua poesia como que vem consolidar, a par das ingerências lúdicas e do esforço às vezes previsível da desclicherização vocabular, certa tonalidade meditativa que lhe confere, a seu turno