Estudantes da Escola Estadual Maria Geny, do bairro de Tambiá, em João Pessoa, realizaram uma pesquisa e selecionaram material para homenagear a primeira professora de José Américo de Almeida: a professora Júlia Verônica. O resultado faz parte de uma exposição, que contará também com fotografias de Ricardo Peixoto, e será aberta nesta sexta-feira, 16, às 10h00, na Fundação Casa de José Américo (FCJA), no Cabo Branco.

A exposição é resultado da parceria entre a Fundação Casa de José Américo, a Escola Estadual Profa. Maria Geni de Sousa Timóteo e a Secretaria Estadual da Mulher e da Diversidade Humana.

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em 2024, através do projeto “Escritas nas Estrelas”, começou a ser desenvolvido um trabalho na escola, articulado com o projeto “Minha Escola é Antirracista”. No mês da Consciência Negra, Júlia Verônica dos Santos Leal, a homenageada, foi a primeira professora de José Américo. A metodologia utilizada foi a pesquisa narrativa, tendo cartas como recurso metodológico narrativo.

A  prática pedagógica desenvolvida foi centrada na memória dessa educadora do passado através da escrita de cartas produzidas pelos estudantes. "O trabalho começou com a apresentação da biografia da mestra e a visita dos estudantes ao Museu e Arquivos da Fundação Casa de José Américo. Depois que os estudantes fizeram pesquisas, escreveram cartas para a admirável mestra. O resultado da experiência aqui contada confirma, que a escrita de cartas pode ser estimulada como fonte de aprendizagens significativas para diferentes disciplinas", explicou o professor de Sociologia, Edmilson Cantalice.

A produção dos estudantes alcançou múltiplos objetivos, na medida em que, além de incentivar o gosto pela leitura e escrita, também contribui na construção de novos conhecimentos em geral e, especificamente, sobre a relevância da contribuição da mulher negra na História da Educação da Paraíba, ampliando a visibilidade da presença significativa da população afrodescendente na formação da nossa sociedade. "Socializar com o público contemporâneo o legado da Professora Júlia Verônica dos Santos Leal confirma a função social, histórica e humanizadora desta exposição", concluiu.