Jéssica Chaves Firmino
O urbanismo e o design de espaços públicos desempenham um papel fundamental na promoção da interação social e da inclusão nas cidades. Para que este debate seja melhor aprofundado, antes precisamos entender na prática o que a arquitetura define como tal.
Espaços públicos são áreas de uso comum administradas pelo poder público e abertas à população, tais como praças, parques, calçadas e ruas. São essenciais para a vida urbana, pois oferecem locais para socialização, lazer, cultura, esportes e atividades comunitárias.
O design urbano deve considerar as necessidades de todos os cidadãos, isso inclui pessoas com deficiência, idosos, crianças e grupos marginalizados. Para tanto, deve-se considerar parâmetros indissociáveis de espaços públicos democráticos, como:
- Acessibilidade: calçadas largas, rampas, piso tátil, sinalização adequada.
- Mobiliário Urbano: bancos, mesas e áreas de descanso que atendam a diferentes grupos.
- Espaços Multifuncionais: áreas que podem ser usadas para eventos, feiras, esportes e atividades culturais (teatro, dança, música).
- Paisagismo: arborização significativa e proporcional, que ofereça sombras, equilibre a temperatura, e se possível, do bioma local.
Contudo, é mais fácil atender a todos esses tópicos num espaço público construído do zero do que num local onde há edificações históricas sob tombamento. Um bom exemplo no equilíbrio entre a interação social e o design urbano é a praça Barão do Rio Branco, ou praça do Chorinho, como é popularmente conhecida, em João Pessoa/PB, que, através de mobiliário urbano e em partes efêmero, se transforma aos sábados para sediar o grandioso e conhecido ‘Sabadinho Bom’, evento cultural de dança e música brasileira que reúne a população numa praça que carrega relevante herança de história e cultura locais, com construções datadas do século XVIII e denominações antigas, como Largo da Antiga Cadeia, Largo do Pelourinho, Largo do Erário e Largo da Intendência, tudo isso antes de passar a se chamar Praça Barão do Rio Branco, nome este que se estabeleceu no ano de 1918 e permanece até os dias atuais. A praça conta com bancos, sombras de árvores, iluminação pública e acesso às paradas de ônibus do centro da cidade, mas peca em acessibilidade, segurança pública e preservação do patrimônio nos arredores. E você, conhece a praça? Tem algum exemplo de boas práticas de design urbano na grande João Pessoa? Conta pra gente!
Comentários: