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Terça-feira, 17 de Junho de 2025
ALAN MARTINS MOSTRA O SHOW 'AS FASES DEPOIS DO FIM', NESTA SEXTA, NA USINA CULTURAL ENERGISA, EM JOÃO PESSOA. É DE GRAÇA, VIU!

CULTURA

ALAN MARTINS MOSTRA O SHOW 'AS FASES DEPOIS DO FIM', NESTA SEXTA, NA USINA CULTURAL ENERGISA, EM JOÃO PESSOA. É DE GRAÇA, VIU!

A jornalista e atriz Thamara Duarte conversou com o artista, especialmente para o Bafafá Notícias. Veja a entrevista e conheça mais sobre Alan Martins.

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Thamara Duarte

Especial para o Bafafá Notícias

A noite desta sexta-feira, 6, vai ser especial para o artista paraibano Alan Martins. Ele apresenta o show 'As Fases Depois do Fim', do seu primeiro EP 'Lágrimas para Desculpas' e promete muita música intimista, num clima de aproximação e divisão de sentimentos com o público. O show vai acontecer a partir das 18h30 na Sala Vladimir Carvalho da Usina Cultural Energisa, em João Pessoa. Também haverá a exibição do filme 'Luiz Vasconcelos Não Está Neste Filme', do diretor paraibano William dos Santos. É de graça! Alan Martins conversou com o Bafafá Notícias e contou como começou a se interessar pela música, como cria suas composições, entre outros fatos da sua vida pessoal e artística. Veja a entrevista:

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“As Fases Depois do Fim”. Como será a apresentação desta sexta-feira na Usina Energisa?
 
Poxa, acho que vai ser um sonho. A Sala Vladimir Carvalho tem um ambiente muito único, muito aconchegante, perfeito para o “As Fases Depois do Fim” , show que é a ampliação dos sentimentos expostos no meu primeiro EP “Lágrimas para Desculpas”.  Vai ser um show para quem gosta de intimidade, calmaria, apreciação, para quem curte apoiar a arte independente da nossa cidade. Vai ser num formato voz, violão e guitarra, com direito a músicas autorais, incluindo as do EP, como também músicas que fizeram parte da construção desse trabalho. Gal Costa, Tim Maia, Roberto Carlos são só alguns exemplos do que vai ter na noite. Além disso, teremos a exibição do documentário do diretor William dos Santos “Luíz Carlos Vasconcelos Não Está Neste Filme”, para unir a música e o cinema em uma noite só. Vai ser um momento especial! Lindo demais!
 

A música entrou na sua vida quando ainda era muito criança?
 
Eu sempre fui muito musical. Quando ia num restaurante que tinha um piano, ficava doido. E minha mãe sempre foi muito musical. Cresci ouvindo os clássicos da geração anos 80/90: Legião, Capital, Tim Maia, Cazuza e tantos outros nomes fizeram parte dessa primeira fase, digamos assim, da minha vida musical. Muita música cristã também. Lembro que fazia bateria com botijão de água, lixeira de metal e colheres de pau…E tocava bem, viu?!
 
Qual o primeiro instrumento que lhe “tocou”?
 
Três deles marcaram muito na infância: Piano, bateria e saxofone. Nossa, eu pedia, enlouquecidamente, para minha mãe comprar aqueles pianinhos de brinquedo que se vendia no centro, ou então um saxofonezinho de plástico. Eu amava! Mas, sinceramente? Era fascinado por tudo, guitarra, baixo, bateria, instrumentos de sopro, de cordas, de percussão, pelo canto. Como diria meu pai: “Já estava fadado à arte”.
 
E quando foi que o violão passou a estar, plenamente, integrado ao seu canto?
 
Bem, eu comecei a tocar violão com 13 anos. Em 2020, fiz umas 2 aulas, não aprendi muita coisa e ai veio a pandemia. E, desde 2019, já cantava na escola; o próprio colégio tinha uma banda chamada Águia Azul. Então, já estava inserido neste mundo de músicas, de instrumentos! Claro que tudo era muito novo, mas foi um momento muito importante para mim, pois tive contato com pessoas incríveis, mesmo sendo muito novo. Aprendi violão, baixo, guitarra e bateria sozinho, vendo vídeos no youtube, pesquisando cifras na internet e consumindo muita música. Foi nesse período que conheci minhas maiores referências. Mas eu era muito do rock, depois que comprei minha primeira guitarra em 2021, meu xodó, minha semi acústica, não tinha quem me segurasse. Depois que comprei meu primeiro pedal, nossa, ai eu já estava transcendendo. Era Beatles dia e noite, era John Lennon noite e dia, depois eu conheci o rock progressivo, psicodélico, Pink Floyd, Emerson Lake & Palmer, Genesis, La Máquina de Hacer Pájaros e tantos outros. Em 2021 fundei uma banda chamada Doce Escárnio, fruto de um desejo meu de ser como meus ídolos e de expressar o que eu sentia na época. Mas em 2022 eu decidi que queria fazer algo diferente, algo mais tranquilo, e mostrar um outro lado da moeda. Enquanto eu usava distroções, delays e phasers na Doce Escárnio, queria fazer um EP para minha namorada na época bem ameno, só voz e violão. Que é justamente o EP ´Lágrimas para Desculpas`. Em 2024 a Doce passou por reformulações e eu me entreguei ao projeto solo, e daí surgiu a ideia do show, do formato intimista, e por aí vai.
 
A partir de quando aconteceu o despertar e o querer fazer, de sua caminhada de vida, uma proposta artística?
 
Eu tive uma infância conturbada, problemas financeiros, problemas com os pais, problemas na vida familiar, e a longo prazo a mente cobra aquilo que a gente vive, e ela veio me cobrar. Desenvolvi uma depressão muito ruim, passei momentos bem conturbados, e arte veio de forma definitiva para me mostrar um caminho, para mostrar que eu podia me expressar para além da dor, para além da tristeza, do medo. Eu só toco o que sinto, só escrevo o que penso e vivo, então, esse foi meu despertar, surgiu de uma necessidade de reagir de alguma forma, de me entregar a algo mais vivo que o escuro do meu quarto.
 
Quando foi que se apresentou pela primeira vez já como artista? Lembre, também, alguns momentos significativos da sua carreira: em que esteve tocando e cantando num palco
 
Bom, é um momento que eu nunca vou me esquecer. Estava eu no auge dos meus recém 13 anos em 2019 e eu queria porque queria ser que nem o Cazuza, eu ouvia todos os discos dele, ouvia entrevista, assistia shows, eu amava o Cazuza nessa época. E decidi, que queria formar uma banda. Então conversei com um amigo meu na época, chamado Pedro, era baterista, e falei que queria formar uma banda. Ele era muito exigente, aí me perguntou: ´Tá, mas você sabe cantar? Você fez aula de canto?`` e eu na minha mais pura confiança disse: ´´Mas é óbvio que eu já fiz aula de canto!`` nunca tinha feito, e até hoje ainda não fiz. Mas a gente estava em final de semestre e ia acontecer uma apresentação na semana cultural, e a nossa professora de português na época, Jussara o nome dela, perguntou se a gente podia tocar nela, e eu aceitei, ensaiamos bastante e tocamos duas músicas, Me dê motivos do Tim Maia, e Tempo Perdido, da Legião Urbana. Foi a primeira vez que eu cantei numa apresentação, foi um momento muito único, que eu não esqueço, as vezes fecho os olhos, e vivo tudo de novo, de tão bom que foi. Mas isso foi na escola, né? Para as pessoas, mesmo, para a cena musical, foi no Festival de Bandas 2023 na General Store, tinha 16 anos, toquei com minha banda Doce Escárnio, mas sem dúvidas um marco para mim, foi tocar na Vila do Porto, eu sempre gostei muito de ir  para shows, apresentações, festas, e sempre que uma banda que eu gostava vinha, tocava na Vila. E nossa, quando a gente recebeu a proposta de tocar lá em 2024, eu me emocionei muito.
 
Quais cantores, compositores e grupos lhe influenciam?
 
São vários, mas quem me mostrou as influências que eu tenho até hoje, foram duas namoradas que tive. Uma me apresentou rock contemporâneo, Selvagens, O Terno, Terno Rei, Vanguart. Mas eu namorei uma moça de Natal, isso com 15 anos, e ela me apresentou o universo dos anos 60/70, Roberto Carlos, Caetano, Pink Floyd, Genesis, Emerson Lake & Palmer, toda essa galera que me influencia de todas as formas que você possa imaginar até os dias de hoje. 
 
Você também é compositor. Nesse processo criativo, o que vem primeiro: a letra ou a melodia?
 
Com certeza a letra. Eu não me considero um bom músico, não sou nada virtuoso, tenho muitas debilidades, mas considero que sou artista que se utiliza da música para dizer o que sente. A letra vem primeiro porque é sempre um ato de desespero, angústia, felicidade, sonhos, desejos e espírito. Eu abro um bloco de notas, pego um papel e caneta, o que for, e escrevo o que eu estou sentido, o que eu estou pensando, e tudo de uma vez, não me importo com métricas ou rimas, é tudo muito genuíno, e se tem uma coisa que eu prezo, é a genuinidade na arte. 
 
Conte algumas curiosidades! Algumas das canções já se perderam ou foram descartadas com a passagem do tempo?
Com certeza, eu me considero um compositor compulsivo, se eu estou numa lanchonete, pego um guardanapo e escrevo, pego um caderno, ou o celular, estou sempre escrevendo alguma coisa. Naturalmente, que muitas dessas coisas se perdem, outras ficam guardadas, outras existem só por existir, outras eu descarto mesmo, mas na maioria das vezes, não escrevo pensando na música, escrevo porque preciso escrever, se não o cabra endoida.
 
Você também é ator: inclusive, participou da seleção de “Rio Vermelho”. O diretor William Bezerra ficou impressionado com sua voz e o chamou para cantar a trilha na pré estreia do curta em janeiro deste ano. Como foi esta experiência? Você vai continuar investindo na arte da interpretação frente às câmeras?

Eu fiz teatro por bastante tempo na minha vida, quando era criança fui Jesus duas vezes numa peça da escola, nunca me esqueço o que a professora disse para minha mãe na época: ´´Ele nasceu para as artes!`` já adolescente, com 16 anos, voltei para o teatro por causa da minha namorada na época que também fazia, nessa de ficar mais perto dela, voltei a atuar, estudar e entender mais sobre performance, mas o que eu gostava mesmo era de criar, criar cenas, criar músicas, dar ideias para a nossa professora.  Conhecer Will foi um presente divino. O conheci nos testes para Rio Vermelho, foi minha professora de teatro inclusive que tinha me mandado o formulário para preencher. Foi algo do destino mesmo. Passei nos primeiros testes e fui para o teste presencial, falei um pouco sobre mim, minha trajetória até então, e disse que cantava numa banda de rock progressivo, ai ele pediu para eu cantar, e ele ficou maravilhado. Mantivemos contato, e depois de uns meses ele me chamou para cantar na abertura, e nossa, cantar na sala Vladimir Carvalho, na estreia do Rio Vermelho, foi aconchegante. Ser artista independente não é fácil, ainda mais estando sozinho, eu que vou atrás do show, monto, desmonto, e nem sempre sai do jeito que a gente quer.  O pessoal que trabalhou com Will naquele dia foi incrível e algo me marcou muito, foi o amor que eles tinham por ele, pela conquista dele, e isso me emocionou muito, e me deu um gás a mais naquele dia, a vibe estava ótima e eu saí de lá realizado, com o respeito do público, com o som, com os filmes, com tudo, é um momento que minha memória nunca vai apagar.
 
Você tem 18 anos. É muito jovem e tem uma longa trajetória para cantar e encantar o público. Qual o maior sonho que pretende realizar nos próximos 80 anos?
 
Uau, que pergunta difícil... eu sinceramente não sei, tem dias que a gente acorda e quer desistir de tudo, sumir do planeta, se acha medíocre, insuficiente, mas apesar de todos esses sentimentos, já tive muitas experiências de que as coisas acontecem quando tem que acontecer, e que tudo tem sua hora, eu tento seguir firme nesse entendimento e me segurar cada vez mais nas coisas que vem se concretizando e que já se concretizaram, a gente se vê muito pequeno, e muitas vezes esquece que a gente pode ser gigante. Meu maior sonho nos próximos 80 anos da minha vida, é ser quem eu sou, que eu continue aprendendo com os erros, os acertos, os deslizes, as inseguranças, as conquistas, as viagens, os sonhos, quero continuar conhecendo pessoas incríveis, que mesmo eu sendo tão jovem, já temos uma relação de respeito mútuo, quero sempre superar o passado e desfrutar das coisas que existem e que eu posso criar. Acho que é isso.

SERVIÇO

O que: Show Alan Martins: As Fases Depois do Fim

Quando: Sexta-feira, 05 de junho de 2025

Hora: a partir das 18h30

Onde: Sala Vladimir Carvalho (Usina Cultural Energisa - João Pessoa)

Quanto? De Graça! (É preciso acessar o site Sympla para retirar o convite)

*A Usina Cultural Energisa fica na Rua João Bernardo de Albuquerque, 243 - Tambiá, João Pessoa - PB - Fone: (83) 3221-6343

 
FONTE/CRÉDITOS: Assessoria
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação
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