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Domingo, 28 de Setembro de 2025
A CORREÇÃO DO SALÁRIO-MÍNIMO E O DÉFICIT FISCAL

JOCA PEIXOTO

A CORREÇÃO DO SALÁRIO-MÍNIMO E O DÉFICIT FISCAL

Sempre que se fala em déficit público, é a renda do trabalhador o grande vilão.

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Difícil para os trabalhadores aceitarem que NÃO é necessário reajustar o salário-mínimo acima da inflação. E eles tem razão. Ora, se sua renda não for corrigida acima da inflação eles não sairão nunca do limbo financeiro que se encontram.

Mas, é exatamente isso o que pensam os economistas da corrente mais ortodoxa da economia. Acreditam, piamente eles, que a causa do déficit fiscal e consequentemente o impacto na inflação é culpa da grande massa trabalhadora que ainda recebe salários tendo como parâmetro o salário-mínimo. Defendem que o aumento acima da inflação trará mais famílias para o consumo aumentando assim a inflação além de aumentar o déficit público em todas as esferas seja nacional, estadual e municipal.

Notadamente, nenhum desses notáveis economistas, tem sua renda atrelada ao salário-mínimo não é mesmo? É o tal negócio, pimenta nos olhos dos outros é refresco!

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Sempre que se fala em déficit público, é a renda do trabalhador o grande vilão. O único governo que não pensa dessa maneira é o governo do PT que sempre busca valorizar o reajuste acima da inflação para que o trabalhador tenha um ganho real no seu já mísero salário.

Imagino eu, que um dos grandes vilões do déficit público atende pelo nome das emendas impositivas e principalmente das emendas secretas ou emendas PIx. Porque afirmo isso? Simples. São recursos que simplesmente o governo federal não pode contingenciar, cortar ou fazer ajustes para conter eventual desequilíbrio fiscal. Não vou nem citar o destino e uso dessas emendas aqui para não deixar o texto com aspecto político.

A grande pirâmide da renda aqui e no mundo todo é composto por uma minoria esmagadora. Ou seja, mesmo em números extremamente pequeno se comparado a população de cada país, são eles detentores do poder, do capital e da grande mídia. Portanto conseguem impor seus pensamentos econômicos para a população gerando o que chamamos de pobre de direita.

Pobre de direita é aquele sujeito que acredita e torce para que a renda do patrão siga sempre aumentando e pagando menos impostos em detrimento do seu próprio aumento salarial e de continuar pagando mais imposto sobre a renda. Inimaginável que isso aconteça, mas, sim acontece aqui e em várias partes do mundo.

Nossa renda (dos trabalhadores) não é o causador do déficit nem da inflação. Pelo contrário, somos geradores de riquezas para o Brasil. Nossa força de trabalho impulsiona a economia sob o deleite dos ricos, milionários e bilionários de plantão que acham que ganhamos muito e produzimos poucos para ELES. E o Brasil e a base da pirâmide? São detalhes que a gente vai ver lá na frente quando o bolo crescer e haverá distribuição de renda.

Alias, essa tese de aumentar o bolo para depois distribuir a renda foi criado por Delfim Netto ainda na década de 70 durante o regime militar. São quase quarenta anos defendendo essa tese e claro, sem resultado nenhum, nem para o país, muito menos para as camadas mais pobres da sociedade.

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Joca Peixoto
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Joca Peixoto - Economia & Educação Financeira

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